sábado, 30 de abril de 2011

11:14

Lançado em 2003 e escrito e dirigido pelo americano Greg Marcks, 11:14 é a representação dramática da expressão “ ironia do destino”. No entanto, dizer que os acontecimentos mostrados na tela têm a mão do destino seria contraditório (se “destino” for considerado algo previamente definido) já que todo o filme se baseia no “se”. Se um fato não tivesse acontecido, o outro não aconteceria.

A trama começa com um jovem alcoolizado dirigindo um veículo em uma estrada. Inesperadamente um corpo vindo do alto atinge seu carro, exatamente às 11:14 da noite.A partir daí são mostrados diversos acontecimentos que a princípio não se relacionam entre si.

No decorrer do filme, vai ficando clara a ligação entre os personagens e as histórias, sempre de maneira surpreendente, o que prende a atenção do espectador e permite a dedução natural da ordem dos fatos. O destaque fica por conta da construção do roteiro.

11:14 utiliza-se da mesma essência de filmes como Babel (2006) e o brasileiro Não Por acaso (2007), mas mesmo tendo um enredo que envolve acontecimentos trágicos, o olhar é repleto de humor e ironia. Tudo o que acontece é motivado por ações “estúpidas”, o que acaba definindo o tom cômico.

            Outro fator que auxilia a “leveza” é a trilha sonora assinada por Clint Mansell, compositor que ficou conhecido ao trabalhar com o diretor Darren Aronofsky (Fonte da Vida, Réquiem para um Sonho, Cisne Negro).

            Apesar do excelente roteiro, a fotografia é bastante convencional; não há nada de extraordinário nos enquadramentos ou na iluminação. Ela apenas cumpre o seu papel em termos de aproximação da realidade,assim como a direção de arte, o que não chega a ser negativo e não interfere na qualidade do longa-metragem.

Um comentário:

  1. se quem tratou da trilha sonora foi o C. Mansell é certo que o filme é muito bom :P

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