terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Samir Mesquita


Samir Mesquita se define como "um cara de poucas palavras” e pelo menos na literatura sua auto-definição se confirma. O escritor de 27 anos é um dos expoentes do microconto, gênero que se utiliza de poucas palavras para contar histórias. Possui dois livros lançados de maneira independente e em formatos nada convencionais.

Seu primeiro livro, Dois Palitos, já traz no título todo o conceito de sua literatura e forma.São vários microcontos de até 50 letras que vem em caixinhas de palitos de fósforo.

O seu novo projeto intitulado 18:30 teve inspiração no trânsito. É composto por uma instalação exposta num Sesc no interior de São Paulo e um livro-objeto, que é comercializado de uma forma bastante criativa: Um livro por um livro, Samir troca seu livro por um livro que gostaria de ter. Vale a pena conferir  a lista de livros no site



18:30


2 comentários:

  1. Olá, meu nome é Jeferson Bandeira, e acabei de lançar um livro-baralho chamado Agonias Ilustradas. O livro é uma réplica de uma caixinha de baralho, e vem dentro da caixinha mesmo. Queria ver a possibilidade de divulgá-lo no blog.

    Release

    Agonias Ilustradas (2012), de Jeferson Bandeira, é um livro-baralho, composto por 108 micronarrativas, divididas em 3 partes: Breviário ("o primeiro baralho"), Obsoleto ("o segundo baralho") e Cartas na Manga, que pode ser visto como um "extra". Cada página do livro corresponde a uma carta de um baralho, num jogo que pode possuir vários ritmos, dependendo do grau de interação e leitura de quem o abre para ler. Nas palavras do autor, "vislumbra-se o flerte: poesia & micronarrativa. Funde-se outra literatura, não estanque, avessa às alturas. Impolidas linhas que tramam na incultura. Fluido móvel, berço ou lápide da descompostura. De hirtos espinhos, flor que se inaugura. Enfim rompidas, encalacradas aparências. Faz-se convertido, cada ponto final em reticências".

    O livro se inicia com uma micronarrativa que aponta para a metaleitura ficcional:
    O inusitado

    Abre-o. No curto folhear, assoma a página. Pesa o dedo sobre ínfimo léxico. Força, nota pulso, até que rompe. Do rasgo hemorrágico, mina o jorrar d’um mundo mágico e plausível.



    E o livro se encerra com uma micronarrativa provocativa e intrigante:
    Multifuncional
    Na identidade, masculino. No jeito de ser, feminino. No trabalho, o que o cliente pedisse.

    ResponderExcluir